Em 2001, era editada a primeira Revista de Iniciação Científica FAFIG/FACEG, fruto dos trabalhos do PIC (Programa de Iniciação Científica). O programa, que também nasceu neste ano, foi uma iniciativa crucial quanto ao fomento à pesquisa. Atitude tomada a princípio pelas Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guaxupé (FAFIG) e Faculdade de Ciências Administrativas, Econômicas e Contábeis de Guaxupé (FACEG), o programa ganhou novo impulso com a fundação do UNIFEG (Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé) em 2004.
Tendo como premissa que uma das missões do mundo universitário é produzir conhecimento científico, o programa concede, como incentivo, uma bolsa de 50% aos discentes admitidos em seu processo seletivo. Com o auxílio dos professores orientadores, as pesquisas devem se desenvolver no período de um ano. Como resultado, primeiramente será elaborada uma monografia e, a partir desta, um artigo que será publicado neste periódico, após aprovação de seu Conselho Editorial.
É com enorme satisfação que visualizamos o crescente interesse do corpo acadêmico em se debruçar sobre esta atividade única, em que professores e alunos, em profunda simbiose, se propõem à produção do conhecimento: a pesquisa.
Os atos de pensar, buscar, duvidar, refletir e apresentar propostas de análise, é o que nos impulsiona na prática da pesquisa. Esta, por sua vez, é a responsável por manter nossos sentidos aguçados, induzindo-nos a procurar, sempre, algo a mais, de modo a contribuir para a construção de mais um degrau do conhecimento.
Em um mundo calcado em um projeto consumista de proporções globais, em que o "ter" tornou o "ser" obsoleto, e em um país, cuja educação é, muitas vezes, tratada com o descaso oportuno ao poder, e a própria atividade da pesquisa é relegada a segundo plano, a dedicação de horas a mais de estudo, depois de um dia de cansativo de trabalho, pode parecer um caminhar na contramão dos fatos.
No entanto, para nós que acreditamos no conhecimento como elemento facultador de transformações sociais e pessoais, cada minuto empenhado em obtê-lo, torna-se alento e certeza de se estar no caminho certo.
Nas palavras de Abraham Maslow, "o homem criativo não é um homem comum ao qual se acrescentou algo. Criativo é o homem comum do qual nada se tirou". Meus cumprimentos a todos que aceitarem este desafio e hoje veem seus "frutos" impressos nas páginas desta revista.